Fotógrafo autodidata, tem em sua formação passagem pelos cursos de Arquitetura e Comunicação inconclusos. Mas estas experiências deixaram marcas em sua percepção do mundo, seja pelo refinamento do olhar na composição da imagem ou na instigante forma de se colocar e questionar a vida. É o que testemunhamos em sua obra: um rigor estético e uma causa profundamente humana.
Se a fotografia é a arte de escrever com luz, esta linguagem é traduzida, em muitos de seus trabalhos, com a técnica que lhe é peculiar, sem a interferência dos recursos da tecnologia. É assim no ensaio “pintar com luz”, ou na série em que as crianças dançam na areia da praia, divertindo-se com o jogo de futebol.
O caos urbano é harmônico, no recorte do seu olhar. O cenário das humildes casas de taipa ganham requinte no ressaltar das cores e detalhes de uma arte que está um tudo e em todos. Há beleza no interior de uma aeronave, assim como no rosto enigmático da mulher envolta em seus cabelos.
Em séries especiais que permeiam o final dos anos 1990 a 2008 essas imagens premiadas em salões, expostas em mostras individuais ou coletivas, ou adquiridas para compor acervos em museus no Ceará e em outros estados do Brasil integram agora a exposição que acontecerá na Galeria Mariana Furlani – Arte Contemporânea com abertura no dia 25 de junho às 19h.
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